Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque, do Recife, ontem aqui em Garanhuns

Direto ao ponto

Aqui na cozinha também tem cultura. Ontem a noite fui ao Centro Cultural assistir a apresentação da Orquestra Criança Cidadã dos Meninos do Coque, do Recife. Pena que não peguei o começo com o Quarteto de Cordas Intermezzo. Eu tive uma reunião muito importante e não pude faltar. Mas assisti a orquestra e foi lindo.
A programação começou logo de manhã com concertos-aulas para alunos da rede municipal de ensino e a noite a partir das 19h começou as apresentações que foram gratuitas e aberta ao público.







O que é o Coque?




“Comunidade com 40 mil habitantes. Localizada na ilha Joana Bezerra, ocupa uma área de 133 hectares – o equivalente a quase 110 campos de futebol. Está a cerca de 2,5 km do centro do Recife e a 3,5 km de Boa Viagem, bairro com melhor Índice de Desenvolvimento Humano da capital pernambucana. A proximidade com esse pólo de prosperidade, porém, não se reflete em qualidade de vida para os moradores da comunidade.
O Coque é o último colocado no ranking do Desenvolvimento Humano recifense. A população local sofre com graves problemas de saneamento, moradia, meio-ambiente, educação e saúde. Os índices de pobreza da região são gritantes: 57% da população vive com renda mensal entre 130 e 260 reais, número abaixo da média estadual, segundo o Mapa do Fim da Fome II (Abril/2004). A partir de índices sociais tão negativos, a escalada da violência vem crescendo em gravidade, tornando-se o
maior desafio para as instituições governamentais ou não-governamentais que lá atuam.
Por causa da violência, o bairro é amplamente bombardeado pelos meios de comunicação, chegando a ser retratado em manchetes como “Coque: morada da morte”. Os moradores do Coque acabam sofrendo mais preconceito do que os de comunidades com índices mais altos de violência ou de pobreza mas que representam menor risco no imaginário coletivo do Recife.
Os adolescentes do Coque têm sido um público crítico, já que a auto-estima baixíssima gera uma revolta desmobilizada que alimenta a violência. Esses jovens vêm sendo sistematicamente desconsiderados nas ofertas de emprego das áreas vizinhas porque são vistos como “gente perigosa” e terminam sendo mais vulneráveis a cooptação pelos grupos criminosos existentes no bairro.”

Texto retirado do blog Coque Vive






Uma das pessoas que encontrei lá foi Juliana Lopes, que é uma das produtoras do evento. Eu só conhecia a Juliana virtualmente, mas precisamente pelo Twitter (@julopes). 
No Twitter, no dia anterior, ela tinha me dito que estava vindo para Garanhuns e que estava trazendo uns vinhos para mim (vou experimentar e depois coloco aqui no blog, ok?) então fui ao hotel encontrá-la. Obrigada Ju, pelos vinhos e por ajudar a realizar um evento tão bonito quanto este, aqui na cidade.

3 respostas

  1. Patty, deve ter sido um belíssimo evento e que com certeza ajudou a eliminar o preconceito contra os habitantes do Coque: afinal os meninos do Coque também são carinhosas e dadas a estes bonitos eventos!
    um beijinho e bom fim-de-semana!

  2. é muito importante essa orquestra para esses meninos. eu acho muito lindo eles tocando.que deus.que deus abençoe cada um deles.

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